Objetivo é levar soluções inovadoras de moradia, saneamento básico, saúde e renda às comunidades

 

A Gerando Falcões e a Accenture lançaram o programa Favela Beta, para acelerar a aplicação de soluções inovadoras do mercado e resolver os problemas da favela, como moradia, saneamento básico, saúde, renda, entre outros.

O projeto mobiliza diferentes players, como grandes empresas, startups e moradores da favela, para cocriar soluções inovadoras de impacto, a fim de dar origem a negócios rentáveis, reduzir as dificuldades das comunidades e expandir o ecossistema corporativo.

As favelas no Brasil movimentam R$ 119,8 bilhões/ano

Essa criação de soluções inovadoras acontecerá por meio de uma rede de parceiros e investidores que escalam o impacto gerado com as inovações, para resolverem os problemas da Favela.

As favelas brasileiras são um ecossistema potente e com enorme potencial de negócios. O ecossistema que Accenture e Gerando Falcões propõem com o programa Favela Beta são as FavelaTechs, alçando esses territórios ao protagonismo que detêm nos centros urbanos brasileiros, e liderando uma agenda de transformação, com proposição de soluções para esses problemas.

As favelas no Brasil movimentam R$ 119,8 bilhões/ano, segundo dados da Economia das Favelas e do DATA FAVELA 2019. E uma pesquisa de IBGE 2021 – Aglomerados Subnormais — mostra que essa renda é maior que 20 das 27 unidades da federação.

Para Edu Lyra, fundador e CEO da Gerando Falcões, “unindo forças entre empresas, empreendedores com grandes ideias e os moradores das favelas conseguiremos encontrar a solução para gerar emprego e tornar essa população economicamente ativa. Mudando a estrutura, a raiz do problema, é que acabaremos com a pobreza da favela no Brasil.”

Já Vinícius Fontes, líder de Inovação e Ventures na Accenture para a América Latina, afirma que o projeto representa uma oportunidade para levar soluções de startups para as favelas e estimular o desenvolvimento de FavelaTechs. O ponto é que, quando se fala em ESG, as empresas não estão olhando para as favelas. São US$ 53 trilhões de investimentos prospectados para 2025, dos quais os fundos de ESG brasileiros possuem R$ 7 bilhões em ativos sob gestão, o que representa menos de 1% do total dos fundos de ações. Um cenário que poderia ser outro se as favelas estivessem incluídas nos planos da iniciativa privada.

Os primeiros projetos em desenvolvimento estão relacionados ao tratamento de água e esgoto com fossas ecológicas e biodigestores para coleta e tratamento de esgoto, produzidas por voluntários e moradores. Nesse contexto, a BRK Ambiental, uma empresa privada de saneamento, acaba de se tornar a primeira empresa apoiadora do Favela Beta, iniciativa que reforça o engajamento da companhia com a agenda ESG e destaca o potencial do saneamento de transformar vidas, por meio de projetos capazes de promover impactos positivos em toda a sociedade. O bairro Vergel do Lago, um dos mais antigos de Maceió, em Alagoas, será o primeiro beneficiado pelo projeto.

“Atuamos em 13 municípios da Região Metropolitana de Maceió e nosso papel é levar o saneamento para muito além do básico e promover impactos positivos na vida das pessoas. Com investimentos em inovação, acreditamos que é possível contribuir com a melhoria da qualidade de vida nessa comunidade, com mais saúde, emprego e renda”, pontua Teresa Vernaglia, CEO da BRK.